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Comboio que leva 100 mil m³ de oxigênio de RO para Manaus viaja por uma das piores estradas do país

Viagem pela BR-319, conhecida por atoleiros ‘gigantes’, deve percorrer cerca de 840 km em 36 horas, segundo PRF. Se os caminhões fossem de balsa pelo rio Madeira, viagem iria durar seis dias.

Quatro caminhões saíram de Porto Velho com destino a Manaus, nesta quarta-feira (20), para levar uma carga de 100 mil m³ de oxigênio. A viagem de 838 quilômetros até a capital do Amazonas será pela BR-319, considerada uma das piores do país — por causa de atoleiros “gigantes” no período chuvoso.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que faz a escolta do comboio, o oxigênio enviado pelo governo federal está sendo transportado até Manaus para ajudar no controle do novo surto da Covid-19. Desde a semana passada, a cidade sofre com falta de oxigênio nos hospitais, e já transferiu mais de 100 pacientes para continuarem o tratamento da Covid em outros estados.

A logística para levar 100 mil m³ de oxigênio de Porto Velho a Manaus pela BR-319 foi a única forma encontrada para economizar em cerca de 75% o tempo de viagem, pois se os caminhões fossem de balsa pelo rio Madeira, a viagem iria durar seis dias.

Além de seis viaturas da PRF, o comboio do oxigênio vai ter o apoio de duas retroescavadeiras do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT). As máquinas ajudarão em um eventual atoleiro que os caminhões possam ‘cair’ de Humaitá (AM) para frente.

PRF escolta caminhões que levam oxigênio para Manaus — Foto: Jheniffer Núbia/G1

“Nesta época do ano, inverno Amazônico, há muitas dificuldades a serem enfrentadas na BR-319, como atoleiros. Se isso acontecer, as máquinas ajudarão, até mesmo a aplainar o caminho”, explica o policial rodoviário Andrei Milton.

O prazo para a chegada dos cilindros em Manaus pela BR-319, segundo a PRF, será de até 36h.

“Por via fluvial seria, em média, seis dias. Por isso foi optado no planejamento que fosse pela via terrestre. Os pacientes de Manaus precisam com urgência desse oxigênio”, destaca Andrei.

Ajuda do Dnit

Durante a viagem do comboio por terra, a partir da cidade de Humaitá, a função do DNIT é manter a via trafegável (para que o oxigênio chegue o mais rápido em Manaus).

André Lima, superintendente do DNIT em Rondônia, diz que atualmente há cerca de 220 trabalhadores fazendo a manutenção da rodovia.

“No comboio teremos ainda duas máquinas acompanhando os caminhões. A pista está trafegável, mesmo se houver chuva. Mas se não houve chuva esses dias e nem atoleiro, os caminhões podem chegar na capital do Amazonas em até em 24h”, diz André.

Sobre a facilitação para a passagem do comboio, o superintendente afirma que há uma mobilização no local desde quinta-feira (14).

Uma foto obtida pelo G1 mostra como estava a situação da rodovia na semana passada no distrito de Realidade, perto de Humaitá. Na imagem é possível ver um caminhão e um ônibus atolados, além de uma mobilização popular para retirar os veículos do atoleiro.

Caminhão e ônibus atolados na BR-319 — Foto: Sebastião Miotto/Arquivo Pessoal

A fama da BR-319

A única rodovia que liga Porto Velho a Manaus, a BR-319, é conhecida pelas péssimas condições. O G1 já fez uma viagem mostrando a situação.

Boa parte da rodovia não tem asfalto e, durante o período de chuva na Amazônia, a estrada fica com vários atoleiros. Já no período de estiagem, os motoristas reclamam de outros problemas: buracos e poeira.

Em 2020, o governo federal chegou anunciar a publicação de um edital para pavimentação da rodovia. Em outubro, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, assinou a ordem de serviço para a manutenção de três segmentos da BR-319 (Manaus-Porto Velho).

BR-319 — Foto: Mary Porfiro/G1

As obras incluem o lote C (Charlie), que vai do Km 198,9 ao Km 250,7, objeto de uma licitação em andamento no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para a reconstrução desse trecho.

Os principais serviços a serem executados pelo Ministério são: recomposição do revestimento primário da pista, com adição de cimento, areia e brita; recomposição mecanizada de aterro para elevação do corpo estradal (nos segmentos críticos); e colocação de pedra rachão nos segmentos críticos para evitar pontos de atoleiros durante o período chuvoso.

Fonte: G1.Globo

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