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Pesquisador de RO desenvolve equipamento para avaliar cobertura de gordura em bovinos

Régua criada para animais da raça Nelore é adaptadas para bois e vacas. Equipamento está em fase de testes para, então, ser comercializado.

Um pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Rondônia, Luiz Pfeifer, desenvolveu um equipamento, chamado Sagabov, indicado para avaliar a cobertura de gordura de bovinos da raça Nelore para o abate.

Para isso, foi desenvolvida uma régua que indica por cores a cobertura ideal de gordura desses animais. Essa régua está sendo testada por produtores rurais para, então, ser disponibilizada no mercado.

Em uma fazenda localizada em Candeias do Jamari (RO), na Região Metropolitana, são criados 2,5 mil animais, e o equipamento está sendo testado no local. O pecuarista Márcio Maluf diz que sempre usou a experiência adquirida no dia-a-dia para saber o momento certo de levar o animal para o abate, mas que com o equipamento o trabalho está sendo mais fácil.

“O olho do dono ainda é, na minha opinião, fundamental para qualquer análise dentro dentro da pecuária. Eu não descarto nunca a avaliação humana em qualquer coisa que se faça. Mas o Sagabov é um instrumento que descansa a pessoa porque nem sempre o olho ideal está naquele momento dentro da propriedade. Então quando o olho ideal de quem sabe apartar, sabe separar e mandar os animais para o frigorífico, com certeza tem bons animais. O Sagabov vai ser na minha opinião, esse olho ausente do técnico, do profissional, de alguém para dar certeza de que o animal está ou não apto para ir pro frigorífico. Isso é muito importante pra evitar desclassificações, evitar preços menores, chateação, que sempre acontece com as pessoas, serem mal remuneradas, achavam que seriam bons, porque achavam que estavam com a carcaça acabada e com a situação desse instrumento acredito que não vai ter isso na fazenda”, explica.

O pesquisador Luiz Pfeifer explica que para chegar na indicação das cores verde, vermelho e amarelo foi preciso analisar a espessura de gordura adequada, que vai de três a dez milímetros. Uma seta vai indicar se o animal tem pouca gordura, gordura adequada ou em excesso.

Para usar o equipamento, os animais precisam estar contidos no tronco. A régua deve ser colocada na parte traseira. Machos e fêmeas têm uma angulação diferente nessa região, por isso a tecnologia foi desenvolvida para atender aos dois gêneros.

“A gente chama da gordura da picanha, que lá no mercado a gente consegue ver o corte da picanha pela gordura de cobertura dela, e é exatamente essa gordura que a gente está mensurando no animal vivo. Então o boi castrado, quando ele está bem acabado, ele tem uma angulação maior do que vaca. Então por isso, um lado da régua a gente faz a mensuração e observação das vacas e o outro lado para bois castrados”, conta Luiz.

O pesquisador diz ainda que atualmente entre 15% e 20% dos animais abatidos no país tem um grau de acabamento ideal. “Então o produtor pode ter acesso, entrar com negociação com frigorífico, por tá entregando um animal de melhor qualidade em acabamento quando os animais apresentam aqui no verde”, diz.

Segundo a Embrapa, duas pessoas foram selecionadas, incluindo uma de Rondônia, para fabricar o equipamento. De acordo com o fabricante, cada Sagabov deve custar de R$ 14 a R$ 18. O valor fica abaixo do método usado atualmente, que é o ultrassom. O novo produto deve estar disponível no mercado no primeiro semestre de 2020.

Fonte: G1.Globo

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