Categoria e empresa participaram de uma nova audiência na tarde desta quinta-feira (16). Greve chegou ao 6º dia na capital.
Durante a reunião da tarde desta quinta, o SIM disse que tem R$ 150 mil em caixa, mas que não consegue fazer o pagamento de todos os funcionários, além do 13º salário, vale alimentação e cesta básica, que seguem em débito. Também expôs outras propostas, como o pagamento de 50% de tudo que entrasse na empresa.
O pedido de rescisão indireta é um direito previsto na legislação, que é quando o trabalhador se sente lesado pela empresa em que presta serviço.
Na terça-feira (14), o desembargador do TRT-14 Osmar João Barneze determinou o retorno de até 90% dos ônibus para as ruas nos horários de pico e fixou multa de R$ 100 mil por dia e R$ 10 mil por ônibus em caso de descumprimento. Na contramão da liminar, a categoria decidiu não voltar aos postos de trabalho.
Qual o motivo da greve?
Iniciada no sábado (11), a paralisação acontece devido aos atrasos nos salários e benefícios dos trabalhadores, segundo o sindicato que representa a categoria.
O presidente do Sitetuperon, Francinei Oliveira, diz que os atrasos são recorrentes, mas a situação piorou porque os funcionários passaram Natal e Ano Novo sem salário e enfrentam problemas por atrasar pensão, aluguel e parcelas de veículos financiados, por exemplo.
Conforme o Consórcio SIM, ainda estão atrasados os pagamentos da 2ª parcela do 13º salário de 2019 e o salário de janeiro, que venceu no dia 6.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) divulgou nota de repúdio sobre a greve total do transporte coletivo em Porto Velho. Para a CDL, o efeito da greve é catastrófico e afeta diretamente o comércio da capital. “Os funcionários não comparecem a seus postos de trabalho, gerando atendimento de baixa qualidade, queda nas vendas e comprometendo o planejamento financeiro das empresas”.
Fonte: G1.Globo