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Duo Prettos volta às tradições do samba com o frescor das regravações do álbum ‘Novo viver’

Resenha de álbum

Título: Novo viver

Artista: Prettos

Gravadora: Edição independente do artista

Cotação: * * * *

♪ Em julho de 2019, a dupla Prettos retratou a força feminina nos versos do partido alto Dona do poder, samba composto pelos irmãos paulistanos Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira com Marcelo Mattos e Peu Cavalcante.

Dona do poder foi o primeiro single de Novo viver, segundo álbum desta dupla de bambas que, de 1997 a 2014, hasteou alta a bandeira do samba da cidade de São Paulo (SP) como principais integrantes do Quinteto em Branco e Preto.

Dissolvido o grupo, Magnu e Maurílio criaram o duo Prettos, cujo primeiro álbum, Essência da origem (2017), apresentou um samba renovado a partir das tradições do gênero.

Essas tradições dão o tom de Novo viver, álbum que os Prettos põem no mercado na próxima quinta-feira, 9 de julho, com 12 sambas de molde mais convencional (mas nem por isso menos relevante ou interessante), sendo dez assinados por Magnu e Maurílio em dupla ou eventualmente com outros parceiros.

A dupla fez os arranjos e tocou todos os instrumentos do disco, com as colaborações dos músicos Luizinho 7 Cordas no violão de sete cordas, Léo Carvalho na bateria e Cassiano Andrade na cuíca, repenique e congas.

Como é baixíssimo o teor de novidade do repertório, formado por oito regravações e quatro músicas inéditas (ou três, se levado em conta que o já mencionado partido alto Dona do poder foi lançado no ano passado), o álbum Novo viver soa como síntese da rica contribuição de Magnu e Maurílio ao samba de Sampa.

O foco está no passado, embora sambas inéditos da dupla – como Se pah, cujo título reproduz gíria recorrente nas quebradas – sinalizem futuro para os Prettos dentro ou fora das tradições.

Declaração de amor ao samba, a música-título Novo viver – composta em 2001 e lançada dois anos depois no segundo álbum do Quinteto em Branco e Preto, Sentimento popular (2003) – exemplifica a inspiração dos bambas.

Não foi à toa que a carioca Beth Carvalho (1946 – 2019), cantora que sempre deu valor ao bom samba de São Paulo, ignorou preconceitos bairristas e amadrinhou o paulistano Quinteto em Branco e Preto, gravando Sempre acesa (Sombra e Luiz Carlos da Vila, 2000) no primeiro álbum do grupo, Riqueza do Brasil (2000), de cujo repertório a dupla também rebobina Reveses (Maurílio Oliveira e Edvaldo Galdino, 2000) e Desfez de mim (Magnu Sousá, Maurílio de Oliveira e Francisco Luiz, 2000) neste disco revisionista.

Reveses é samba que chora pela natureza destruída. Já Desfez de mim se diferencia, no cancioneiro dos bambas, pela letra escrita sob ótica feminina.

Todo esse repertório ressurge muito bem regravado no álbum Novo viver ao lado de Cabrochinha (Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira, 2008), samba manemolente do terceiro álbum do Quinteto em Branco e Preto, Patrimônio da humanidade (2008).

Desse disco, os Prettos também revivem com toda a propriedade Xequerê (2008) – parceria da dupla com o bamba carioca Nei Lopes – e o samba que batizou o álbum, Patrimônio da humanidade (Magnu Sousá e Maurílio Oliveira).

Já Chama, samba da safra de 1993 da dupla (mas inédito em disco), bebe da fonte do pagode romântico. Fora da seara autoral, Prettos regravam Maria não volta mais (Chapinha e Nino Miau, 2012), partido lançado no álbum Quinteto (2012), quarto e derradeiro título da discografia do Quinteto em Branco e Preto.

No fim do disco, o inédito e animado partido alto Quintal dos Prettos – batizado com o nome da roda de samba promovida dupla de bambas na cidade de São Paulo (SP) – anima o disco em clima de gravação ao vivo. Mesmo com repertório antigo, Novo viver é álbum com o frescor do samba dos Prettos.

Fonte: G1.Globo

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